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IFSul Câmpus Bagé promove Encontro de Tambores

Na última sexta-feira, 25 de novembro, o IFSul Câmpus Bagé promoveu o
Encontro de tambores afro-gaúchos e afro-uruguaios, evento de extensão financiado
pelo Edital PROEX nº. 03/2022 – Fomento de Cultura. O projeto reuniu músicos,
artistas e pesquisadores dos ritmos afro-gaúchos e afro-uruguaios com a finalidade de
proporcionar à comunidade bajeense um encontro com a memória da população sul-rio-
grandense através das raízes dos tambores do sul. O evento foi uma iniciativa dos
integrantes do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI) e do Núcleo de
Arte e Cultura (NAC) do IFSul Câmpus Bagé e fez parte das atividades relativas à
Semana da Consciência Negra no câmpus.

  • Publicado: Quinta, 01 de Dezembro de 2022, 13h58
  • Última atualização em Quinta, 01 de Dezembro de 2022, 13h58


O projeto, coordenado pelo Prof. Lisandro Moura, contou com a presença de
tamborileiros e músicos percussionistas que foram selecionados por meio de chamada
pública, direcionada a grupos musicais que utilizam em seus repertórios os tambores
Sopapo, de Pelotas, os tambores tradicionais do Candombe afro-uruguaio e os tambores
Praieiros, inspirados nas congadas gaúchas do litoral norte, como o Maçambique de
Osório e o Ensaio de Promessa de Quicumbis. Os critérios para seleção estavam
voltados para a adequação do grupo em relação a temática, objetivos, cronograma do
projeto, qualidade artística e trajetória dos profissionais. Estudantes (bolsista e
voluntário) foram selecionados por meio de chamada interna, de acordo com os
requisitos do Edital. Alunos e alunas que integram o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros
e Indígenas (NEABI) e Núcleo de Arte e Cultura (NAC) tiveram prioridade na seleção.
Além da participação de integrantes da comparsa de candombe Biricunyamba,
de Rivera, o projeto trouxe a Bagé o artista e pesquisador dos ritmos afro-gaúchos,
Kako Xavier, e os músicos que o acompanham no projeto Tamborada, da Praia do
Laranjal. Kako é destaque no cenário da música negra e popular do estado e um dos
primeiros artistas a inserir os ritmos afro nos festivais de músicas regionais do Rio
Grande do Sul.
A atividade foi direcionada aos estudantes e servidores do IFSul, bem como aos
graduandos do curso de Licenciatura em Música da Unipampa e aos alunos das escolas
municipais e estaduais localizadas na zona leste de Bagé, nas proximidades do IFSul.
A programação contou com oficinas de candombe uruguaio, a cargo de Carlos
Dutra, de Rivera, conversa musicada com Kako Xavier e apresentação musical com o
grupo Tamborada. Além de proporcionar o aprendizado das habilidades técnico-
musicais e rítmicas relacionadas aos toques de cada tambor, o público participante teve
a oportunidade de conhecer os fundamentos sociais, históricos e culturais que
perpassam a cultura dos tambores afro-uruguaios e afro-gaúchos.
De acordo com o Prof. Dr. Lisandro Moura, coordenador do projeto, o evento de
extensão cumpriu o objetivo de mostrar a contribuição dos tambores tradicionais do Rio
Grande do Sul e do Uruguai na formação da história e da cultura negra do estado,
sobretudo nas regiões de fronteira com o Uruguai. “Entendemos que a presença dos
tambores na escola desperta o conhecimento sobre as expressões culturais presentes em
diversas comunidades negras do estado e do Uruguai. Além disso, os tambores atuam
como importantes agentes de formação e de socialização lúdica entre os participantes”,
destaca o professor de Sociologia do câmpus.

Desse modo, a partir da realização de um evento de caráter popular, o IFSul
mantém-se firme na sua missão de proporcionar à população local o acesso à produção
artística e cultural de qualidade, enquanto direito social, aproximando a comunidade
escolar e a comunidade geral dos profissionais ligados à arte. Além disso, ao ofertar
eventos de natureza cultural e artística, o IFSul oportuniza aos profissionais da metade
sul do RS a oportunidade de seguirem atuando em suas profissões, tendo em vista a
importância inegável que suas produções têm para a região e para a coletividade, seja no
aspecto estritamente estético, como também no aspecto simbólico e de geração de
trabalho e renda.

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